As Crônicas de Sarah Connor – o interlúdio esquecido da saga Terminator
As Crônicas de Sarah Connor – o interlúdio esquecido da saga Terminator: O “Exterminador do Futuro 2” não é só uma das maiores realizações artísticas do ocidente no século XX. É o filme que marcou minha vida. O filme que me fez ir ao cinema OITO vezes – e que, se estiver passando agora na Globo, dublado e cheio de cortes, ainda paro pra assistir.
Quando ele termina, contudo, fica aquela sensação de vazio. As ligações com o primeiro filme e a maneira como o círculo se fecha são tão perfeitos que fica difícil imaginar pra onde a história poderia ir a partir dali. O que mais poderia acontecer.
Foi quando, em 2008, o produtor Josh Friedman nos apresentou Terminator: The Sarah Connor Chronicles! A ideia é até um pouco complexa: ao fim de Terminator 2, Sarah Connor e seu filho John conseguiram não só, com a ajuda do T800, destruir o T1000 como também o chip do T800 do primeiro Exterminador. Assim, não teria como a Skynet ser criada usando engenharia reversa em alguma tecnologia do futuro, certo?
Errado! Um T888 chamado Cromartie é enviado de volta ao passado para matar John! Dessa vez, uma exterminadora chamado Cameron (hein? hein?) foi enviada pelo próprio John de 2029 para proteger a si mesmo! O que Cameron faz é dar um salto temporal até 2007 para evitar um Dia do Juízo Final procrastinado, de uma vez por todas! Agora fugitivos, eles precisam garantir a sobrevivência de John a todo custo!
Mas após o impacto dos filmes, será que a franquia se manteria com uma série sem Arnold Schwarzenegger, Linda Hamilton e James Cameron!?
O Elenco
Lena Headey como Sarah Connor
Apesar de não ter o físico desenvolvido que Linda Hamilton apresentou em T2, a inglesa Headey conseguiu superar mais de 300 atrizes para um dos papéis femininos mais icônicos da ficção científica. E ela estava ciente do desafio – tendo assistido o filme original quando era adolescente e ficado com CAGAÇO, Headey declarou que “Linda Hamilton sempre será a Sarah Connor original, e ela deixou uma marca muito forte, mas espero que as pessoas abracem o que vou trazer para a personagem e a vejam com novos olhos. Estou interpretando uma mãe solteira, criando um filho adolescente e que, por acaso, vai salvar o mundo. E meu jeito de interpretar isso é como uma mulher passional e assustada e furiosa e uma mãe, tudo isso. Então minha abordagem é ser honesta dentro dos limites dela.”
E ela foi fantástica. Não só substituiu Hamilton muito bem (e infinitamente superior à khaleesi Emilia Clark em Genesys) como demonstrava as cicatrizes psicológicas das batalhas anteriores, buscando por uma sucessora – já que estava fadada a perder a batalha para a leucemia. Ao invés de ser uma paramilitar implacável, o que ela demonstrava era muita tristeza por sua vida ter se tornado uma contagem regressiva em que não lhe era mais permitido aproveitar o tempo ao lado do filho, e sim ter que encontrar alguém que a substitua enquanto fogem.
Thomas Dekker como John Connor
Futuro líder da resistência humana, É ÓBVIO que seus hormônios púberes iam entrar em modo INSTANT KILL perto da exterminadora Cameron. Dekker descreveu seu personagem como “a continuação do que foi feito por Edward Furlong, só que numa posição mais madura e mais sombria”. O que Dekker conseguiu foi humanizar John, o cara por quem todo mundo ao redor está disposto a matar ou morrer. É visível sua evolução ao longo da série e o ator deu conta do recado muito bem.
Summer Glau como Cameron
Chega de austríaco musculoso! O futuro é das mulheres – e Summer Glau foi a escolhida para proteger John Connor dessa vez! E não é que foi uma boa ideia? Glau teve oportunidade de demonstrar senso de humor, rancor e, claro, um pouco de amor. O mais interessante de tudo foi o fato de brincarem com a “primeira vez” de John – mas a série foi cancelada antes de irem longe demais. De qualquer forma, Glau, que nunca tinha visto os filmes da série até ser escalada para o papel, se sentiu intimidada por conta do desafio de equilibrar as características humanas e robóticas. Sua experiência em ficção científica, após ter feito Firefly/Serenity, no entanto, além de diversos papéis em outras séries, lhe credenciou a um lugar ao lado de um dos mais fascinantes autômatos da ficção científica!
Não vamos nos esquecer de Shirley Manson na segunda temporada. Ela mesmo! A vocalista da banda Garbage se aventurou pela arte dramática, dando vida à CEO da ZeiraCorp, Catherine Weaver – na verdade, uma exterminadora modelo T1001! Outra grata surpresa foi Brian Austin Green, veterano de Barrados no Baile, como o irmão de Kyle Reese, Derek. E não é que os dois se saíram muito bem?
Com apenas 31 episódios distribuídos em duas temporadas, as Crônicas de Sarah Connor permanece sendo uma das mais sólidas, coerentes e fiéis “expansões” da franquia. Infelizmente, uma série de problemas financeiros e autorais fizeram a Fox largar mão de uma terceira temporada. Seu legado foi deixar aos fãs a certeza de que, se tratando de singularidade tecnológica e viagem no tempo, a franquia Terminator possui uma mitologia muito rica e, ainda, não totalmente explorada – e capaz até mesmo de sobreviver sem Arnold Schwarzenegger.
O que acharam das novidades da matéria As Crônicas de Sarah Connor – o interlúdio esquecido da saga Terminator? Deixe seu comentário!
Compre a Quadrilogia Exterminador do Futuro DVD no link abaixo:
Quadrilogia O Exterminador Do Futuro
Você precisa fazer login para comentar.