Os vários Thors de Aaron

Os vários Thors de Aaron: Olá queridos Popnautas, depois de uma longa ausência após o Ragnarok, volto a ativa para um catado da passagem do mestre Jason Aaron, que chegou ao seu fim no Deus Nórdico mais amado da casa das ideias.

São Aaron, como é conhecido pelos seus fãs, chegou ao Thor credenciado pelos projetos inovadores que escreveu na Marvel. O estilo de escrita de Aaron é bem peculiar, com muitos diálogos (mas sem ser cansativo) além de um humor peculiar que não chega a ser ácido, mas também não é “bobo”, e sempre bem dosado. Pode se dizer que cada run seu é quase sempre uma “renovação da franquia”, não atoa ganhando status de arquiteto do Universo Marvel. Seu currículo conta com personagens grandiosos, como Wolverine (em série solo e depois na Escolinha do Professor Carcaju – gerada após Cisma –, além de Co-Escritor de AvX (Avengers vs Xmen), Hulk, Justiceiro (pelo selo Max), Dr. Estranho, Motoqueiro Fantasma, Vingadores e a controversa mini Original Sin. Mas o trabalho mais longínquo e épico dele (até agora) foi em Asgard!

Aaron revitaliza a franquia após a fraquíssima passagem de Matt Fraction no título. Em uma história em 3 momentos do tempo: o jovem beberrão Thor e seu machado Jarnbjorn, o Thor do presente e o Rei Thor em seu futuro apocalíptico. Apenas em seus 3 primeiros arcos (Carniceiro dos Deuses, Bomba Divina e O Amaldiçoado), Aaron já pavimenta todo seu run de 4 anos à frente do Deus do Trovão. Tá tudo ali: Gorr e sua Necrolâmina (que foi muito bem aproveitado por Donny Cates em Venom, que também está SENSACIONAL), a introdução da dúvida em Thor sobre ser Digno e os planos de Malekith em dominar os dez reinos nórdicos!

O passeio pela história e todas as mudanças feitas são irretocáveis (até o que Nick Fury disse ao Thor em Pecado Original e o retcon do Mjolnir é aceitável de tão bem contados). Jane Foster como Thor e sua luta contra o câncer é muito bem retratada. O drama vivido por ela entre ser uma heroína e seu câncer piorar a cada transformação (já que a quimioterapia a que está se submetendo perde o efeito com isso), Loki e seu amor por sua mãe Freyja, Odin e seu irmão Cul falhando no comando de Asgard e não aceitando a nova Thor. Até mesmo Thori, o “cachorrinho” problemático de Loki, tem seu brilho e serve muito bem como alívio cômico em meio a tensão. A edição da “morte” de Thor é soberba, e a relação de Odinson com Jane Foster é retratada com uma emoção absurda!

O pináculo da fase de Jason Aaron, claro, é seu término. A Guerra dos Reinos é excelente, o clima de tensão no ar e a sensação de “DEU ME%$@” é real, algo que há muito não sentíamos em uma saga da Marvel. Até mesmo AS TAINHAS os tie-ins são recomendadíssimos para leitura pois complementam muito bem a história. Os sacrifícios feitos são lindos e a conclusão é épica. Não darei spoilers por aqui, mas quem ainda tá na dúvida se vale a pena, pode deixá-la de lado e correr atrás das edições.

E aproveite para levar Thor: O Crepúsculo do Deus do Trovão, que reúne a mini em 4 partes de King Thor, finalizando a saga do Rei Thor e suas netas, as Deusas dos Trovão, que se iniciou lá no primeiro arco. Não, São Aaron não deixa pontas soltas em seus runs. O que deixa é a missão quase que impossível para Donny Cates: Escrever a nova mensal do Deus do Trovão e conseguir, pelo menos, manter o nível.

SPOILER: Cates conseguiu.

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Matheus Porks

Matheus Porks, cavaleiro da constelação da nostalgia, sonhando em morar nos anos 80/90 ou apenas ganhar na Mega Sena.

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