Tony Stark contra o demônio fora da garrafa – Review macabro de Avengers #31!
Tony Stark contra o demônio fora da garrafa – Review macabro de Avengers #31: Antes que você comece a ler, tem spoilers infernais nesse texto! Então, se tem medinho do spoiler, ou da cramunhão, ou do coisa ruim, vade retro então!
Pobre menino rico chamado Tony Stark, esse, meus amigos, tem sofrido muito nos últimos anos, toda hora com uma nova revelação bombástica sobre suas origens: seja descobrindo que é, na verdade, adotado ou que seus pais eram agentes da Shield da Marvel, cuja mãe teve que matar seu pai biológico após descobrir que ele curtia um “Hail Hidra’. Fica difícil para alguém manter a sanidade se toda hora lhe jogam uma bomba no peito num já combalido coração? Não tem reator arc que segure, amigos!
Bom, agora foi a vez de Jason Aaron aprontar das suas, destruindo de vez com o mínimo de infância feliz que o Tony pudesse ter. Basicamente, na história da revista, Tony é abduzido, após verificar estranhos e milenares vestígios de tecnologia Stark numa caverna em Wakanda, para a pré-história, onde encontra os “Vingadores” da idade da pedra, luta, sem nenhum sentido, com eles e acaba todo quebrado na mesma caverna, coberta de gelo, isolado de toda e qualquer resquício de tecnologia, sem qualquer esperança de retorno para sua época.
E, nessa loucura toda, ele acaba relembrando momentos da infância, que ele queria esquecer (Stark já possui muitos momentos que queria esquecer e ainda me metem mais um trauma!), ele relembra uma festinha dos pais, que ele foi bisbilhotar quando pirralho, só que a festa era da pesada, bacanal e satanista, com ofertas ao demônio de corpos e almas e advinha quem era o host do diabo da festa? Sim, ele! Papai Howard Stark! Que ainda manda um “sua alma já foi prometida, meu filho! Volte mais tarde, mais velho, quando tiver algo para barganhar!”
Que meigo, né? Depois perguntam porque Tony virou alcoólatra…
Ok, no meio dessas reminiscências afetivas no gélido inverno, as coisas começam a ficar meio estranhas para o pobre Tony. Começam a aparecer garotas com comidas e bebidas, para literalmente tentar nosso herói, com direito a uma cobra falante saindo de dentro de seu capacete inerte. Como ele é, graças a Deus, um cabeça dura dos infernos, de nada adianta e Tony simplesmente mata a cobra com as próprias mãos. Então o demônio resolve partir para a fase dois: porrada! E manda dar uns amassos no homem de ferro (ou seria de pedra?) e deixa-lo as portas da morte, largado na caverna gelada.
Só que ficar as portas da morte numa caverna é algo até familiar e motivador para o Tony. Ele segue em frente e faz o que sabe fazer de melhor: inventar e cria uma armadura com o que tem naquele inverno: gelo! Sim, amigos, conheçam o homem da era de gelo versão Tony Stark. Já cansado de esperar, o demônio resolve aparecer, usando a aparência de Howard Stark para tentar seu “filho”. Mas o demônio não é bem o Howard dessa vez (afinal estamos na idade da pedra, o Howard nem tinha nascido) e sim outro velho (futuro no caso) conhecido: Mefisto! E dessa vez portando a joia do tempo!
Bom, Mefisto com a joia do tempo tem a noção das possibilidades e dos futuros prováveis. E sabe com isso que Howard Stark lhe será um servo. Mefisto se apresenta como o “verdadeiro” pai de Tony ao dizer: “Como você acha que surge o homem mais inteligente do mundo?” e “Eu sou seu pai, não reconhece a semelhança?” Deixando implícito um trato macabro entre ele e Howard pelo, na época, pequeno Tony.
Tony manda tudo literalmente para o inferno e parte para a porrada, ao acertar a joia do tempo com toda a energia que lhe resta ele acaba retornando para o presente, não sem antes ser atormentado por imagens possíveis de distorções realidade: Wakanda não existira mais, Asgard seria uma lenda perdida etc., etc.
Já no presente Stark vai atrás de Mefisto, que está aprisionado em Las Vegas, o mesmo o recebe com a ironia que lhe é peculiar, ciente do que havia acontecido e ainda mantendo sua proposta de barganhar por sua alma. Tony o manda simplesmente “beijar sua bunda de ferro” e se vai.
Após sua partida, um velho conhecido aparece na prisão de Mefisto, disposto a a ajuda-lo em seus desígnios, seu agora e desde sempre fiel servo, Howard Stark.
Aaron deixa escapar nas entrelinhas a alusão aos Tony Starks de todas as realidades e como eles serão importantes na ambição de Mefisto. O que nos leva a pensar e até mesmo torcer por uma possibilidade: que aquele Howard não seja o Howard “real” e sim uma versão de uma realidade paralela e que talvez, pelo menos, dessa vez, não tenham destruído ainda mais com a pobre infância do menino rico. Aguardemos os próximos capítulos.
O que acharam das novidades da matéria Tony Stark contra o demônio fora da garrafa – Review macabro de Avengers #31? Deixe seu comentário!
Você precisa fazer login para comentar.