Splice – A Nova Espécie (e a Velha e Bizarra Humanidade…).

Splice – A Nova Espécie (e a Velha e Bizarra Humanidade…): Olar, Popnautas! Olha nós de novo para mais um POPTRASH, onde trazemos o melhor do pior para análise de nossos especialistas em filmes “peculiares”. Obviamente recheados de SPOILERS PICANTES! Depois não digam que não avisamos.

Bom, tava o inocente Papai aqui sem ter o que fazer, e resolveu assistir uma ficção científica para variar. Inocentemente ele decidiu ver esse bendito filme de franco-canadense de 2009, dirigido pelo Vincenzo Natali (diretor do clássico Cubo) estrelado pelo oscarizado Adrien Brody (sim, o famoso narigudo de “O Pianista”). Bom, a dupla em si tem muito potencial, o filme tem 76% da crítica no Rotten Tomatoes e ainda possui o bônus de ter Guilherme Del Toro como produtor executivo da bagaça.

Afinal, o que podia dar errado, né?

Obviamente, tudo! Se eu fosse um cara esperto (obviamente não sou, pois não teria visto esse filme), teria notado que ao lado dos 76% dados por 192 críticos cool e descolados no Rotten Tomatoes, haviam 251.880 almas de bem, gente como a gente, gritando NÃO VEJA! do alto dos seus 37% de desgosto!

Ou seja, o alerta de PERIGO tava lá, mas o idiota aqui passou reto…

Mas vamos então para a tortura, digo, película. Numa empresa de biotecnologia chamada NERD (pra você ver como já começa o filme com o pé esquerdo), dois cientistas, Clive (Adrien Brody) e Elsa (Sarah Polley), estavam brincando de Dr Frankenstein criando uma nova espécie (que mais parece um verme gosmento) através da manipulação de DNA para produzir proteínas com cunho medicinal. Criam um macho e uma fêmea. A experiência em si é um sucesso, mas eles, como cientistas gananciosos de sci-fi querem mais! Querem usar DNA humano e hibridizar com a espécie.

Já viu que vai dar merda, né?

Os diretores da empresa, num surto de bom senso, dizem não e mandam parar a experiência por ai e sintetizar as proteínas. Obviamente, os dois cientistas não aceitam muito bem a ideia e resolvem, por conta própria, utilizar um óvulo de uma doadora anônima e bancar secretamente a experiência com DNA humano, para ver se é viável. Se for, eles documentam e depois abortam o embrião

Ok, acabou que foi viável e o Clive até ia abortar a experiência, mas ai a Elsa, tal qual uma Eva bíblica, pede para morder a maçã só mais um pouquinho e continuar o estudo…

Para alegria de Satan, eles continuam. No final nasce um híbrido humano-réptil-anfíbio com o que seja lá mais eles usaram. Literalmente uma quimera, do sexo feminino, com cognição e crescimento acelerado que recebeu o nome de “Dren”. Crescimento tão acelerado que começou a ficar impossível manter num ambiente fechado de laboratório, então, usando a inteligência peculiar a cientistas de filme B, eles resolvem tirar a Dren do seguro setor de pesquisa para uma remota fazenda abandonada. Genial, para dizer o mínimo.

Ah, lembram da experiência original que eles tinham feito? E que tinham que extrair as proteínas dos bichos para a empresa? Pois é, como estavam ocupados sendo pais, Clive largou o trabalho nas mãos do irmão mais novo dele. Só aparecendo junto com a Elsa no dia da apresentação para o público. Claro que um estudo com uma nova forma de vida sem que ninguém estivesse acompanhando direito ia dar merda. O híbrido fêmea acabou mutando para macho e no dia da grande apresentação resolveu lutar com o seu parceiro, numa chuva de sangue, vísceras e gosma em frente as câmeras e investidores. Um sucesso para qualquer empresa farmacêutica…

Após isso os dois receberam um ultimato: ou sintetizam a proteína ou rua.

Nessa ínterim, Elsa conseguiu tirar de Dren amostras da proteína, possibilitando sintetizá-la. Na fazenda, Dren seguia crescendo e mutando, desenvolvendo hábitos carnívoros e asas retrateis (sim, asas! Porque não?) Dren ia entrando na adolescência e cada vez mais revoltada por estar confinada a uma fazenda no meio do nada…

E ai o filme desce a ladeira de vez, sem direito a pedal de freio ou freio de mão.

Dren consegue, talvez via feromônios, seduzir seu “pai”, Clive, e tem relações sexuais com ele no celeiro. O mesmo estava abalado com a Elsa, pois havia descoberto que ela tinha utilizado o próprio óvulo para experiência. Então, nessa parte, nós temos: O pai adotivo é seduzido por sua enteada adolescente e revoltado com a mãe biológica da mesma resolve transar com a garota (garota essa que tem asas, rabo e um ferrão retrátil, configurando isso quase numa zoofilia). E no meio da orgia, a Elsa chega e pega o casal no flagra. Desesperada ela sai correndo, pega o carro e vai embora. Clive larga tudo e vai atrás dela, deixando Dren sozinha.

Após uma discussão de relacionamento bizarra, o casal de cientistas resolve que o melhor seria “acabar de vez com o experimento”. E voltam para a fazenda a fim de matar a pobre Dren. Ao chegar descobrem que a natureza já estava dando cabo da mesma, ela estava febril e inconsciente, quase em vias de óbito. Eles aguardam o desfecho e depois enterram a Dren.

Fim, né? Não! Não tão cedo! Siga firme que ainda vai piorar!

Um dos diretores da empresa, William Barlow, descobre que a proteína sintetizada continha DNA humano. Horrorizado, obriga ao irmão do Clive a contar a verdade e vai em direção da fazenda em busca de respostas e do experimento.

Chegando lá descobre por meio de Elsa e Clive que já era tarde, e que, se quisesse, fosse até a cova dela. De repente urros animalescos e bater de asas. Eles vão até a cova, Dren não está mais lá! Eles olham para o alto e veem Dren, agora metamorfoseado num espécime do sexo masculino, abanando suas asas de forma ameaçadora.

O agora Dren macho resolve caçar e matar o irmão de Clive e o empregador. No final consegue emboscar sua mãe biológica no meio da mata. E, para piorar um enredo que já estava péssimo, resolve estuprar a própria mãe. Ao final Elsa é salva pelo sacrifício de Clive, que morre pelo ferrão do Dren, mas conseguem, juntos, finalmente matar o experimento.

Tempos depois, temos o grande final. A Elsa, que fora estuprada pelo Dren, estava grávida, e fecha um acordo com a empresa para levar a gestação a cabo a fim de estudo e síntese das proteínas. Afinal, como a Elsa mesmo diz no final “o que de pior poderia acontecer mais?”

E foi isso, queria apagar da minha mente esse filme mais não consigo, como catarse escrevo essas linhas para alertar aos desavisados sobre essa película! E, caso veja, veja por sua conta e risco e não esqueça de usar algum método anticoncepcional antes!

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Pai Fader

Pai fader - Um homem de bem com a vida, cheio de espiritualidade, com uma visão holística sobre esse misterioso mundo pop

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