Sonic o filme é a vitória da humildade e respeito para com fãs de todas as idades!
Sonic o filme é a vitória da humildade e respeito para com fãs de todas as idades: Quando o primeiro trailer de Sonic apareceu na internet foi uma hecatombe! Muitos não acreditaram e acharam que era apenas um fake; outros riram do absurdo e gargalhavam da total falta de noção daquilo que foi mostrado; outros ainda, em silêncio, apenas choraram, baixinho, pensando na via crucis que era ser um fã do ouriço azul (por sinal esse foi eu). Depois que todos se acalmaram e caíram na real viu-se o óbvio: aquilo estava errado! Apesar da personalidade correta, o design estava desastroso! Aquilo era um velocista de pernas saradas travestido de furry azul gigante, não o Sonic que amamos e conhecemos! Estava obviamente errado! E a comunidade de fãs não se calou! E reclamou até dizer chega!
A Paramount, a SEGA, o pobre do Yuji Naka, programador “pai” do Sonic, as comunidades da internet no face, Instagram, Twitter, se brincar até a ONU e OMS se manifestaram sobre esse desastre! Em 3 de maio de 2019, o diretor do filme, Jeff Fowler, veio a público pedir desculpas aos fãs, assumindo a burrada e pedindo um tempo para consertar as coisas. A estreia do filme acabou sendo adiada e a galera dos efeitos visuais teve que voltar para a prancheta e apertar o reset. Parecia um game over para a franquia nos cinemas…
Só parecia! Na verdade, só foi um continue e muito se aprendeu com isso! Depois de um tempo veio o novo trailer e, finalmente, lá estava o ouriço azul que nos fascina desde 1991! O erro foi aprendido, a vida extra foi bem utilizada, os jogadores tinham entendido os macetes para passar de fase!
E não é que zeraram o jogo bonito mesmo? O resultado que chega nos cinemas é de um filme honesto, simples e sincero, um pipocão, mas uma pipoca muito da bem-feita, salgadinha e com manteiga, com direito a um refri geladinho para acompanhar e um sundae de sobremesa no final. Um filme para assistir, sorrir e ser feliz.
O filme não se leva a sério em momento nenhum, sempre mantendo uma aura leve e descompromissada. O Sonic é aquilo que esperamos que ele seja: rápido, astuto, jovial, veloz, brincalhão e algo inconsequente. Suas argolas douradas estão lá, assim como as argolas gigantes que em vez de levar a bônus stages levam para outros lugares e mundos. Seus espinhos estão afiados, seu spindash está presente e atuante, cortando as máquinas do Robotink em pedacinhos e sua velocidade está uma loucura, com momentos de parar o tempo ao seu redor, dignos de Bryan Singer e seu Mercúrio do filme dos X-Men.
Os demais atores estão bem à vontade na telona e visivelmente curtindo o momento. O coadjuvante favorito do Wolverine e do Superman, James Marsden, está leve e solto com seu personagem, esbanjando felicidade, sorrisos e canastrice na medida certa, ao ser o xerife do interior comedor de donuts e parceiro de um ser antropomórfico gerado por CGI. Marsden tem PHD no assunto, para mais detalhes é só assistir o filme Hop- Rebelde sem Causa! Ah, o nome da cidadezinha do interior é Green Hill, algo super sutil, né? Tão sutil quanto o Sonic ser decenauta fã dos quadrinhos do Flash ou odiar cogumelos…
Ah, e o que dizer do Jim Carey? Esse está mais feliz que pinto no lixo, amigos! Parece que colocaram pilhas novas e trouxeram o bom e velho Jim Carey de o Máscara e Ace Ventura! Cada cena de Robotink é melhor e mais cara de pau que a outra, com direito a monólogos e até mesmo um pequeno musical com efeitos estereoscópicos e lasers para nenhum Pink Floyd botar defeito! É muita maldade e carisma num só vilão noventista! E isso vai para níveis estratosféricos, nas cenas em que ele e Marsden estão contracenando! Puro suco da vitória! Só falta um letreiro com o “Sonic Got Them All” nesses momentos de pura magia, enfrentamento e cinismo cênico!
Os efeitos especiais estão ótimos, as cenas de velocidade extremamente empolgantes para nenhuma pobre tartaruga botar defeito (assista o filme e entenderá o que estou dizendo) e o design final do Sonic é tudo aquilo que queríamos, sonhávamos e desejávamos! É ele, o Sonic dos videogames, devidamente transportado para a telona, com suas curtas e secas perninhas e seus enormes e brilhantes olhos! (Obrigado, Senhor, pela graça alcançada, amém!).
Ah, e o final do filme e seus créditos guardam deliciosos fan services! Com direito a Robotinick pirado das ideias, de cabeça raspada e bigode descomunal, um lindo clip nos créditos finais, revendo as cenas do filme, só que em versão 16 bits! E, em seus últimos minutos, o aparecimento de uma engenhosa raposinha de duas caudas a procura do nosso herói!
Pois é isso, meus Popnautas! Esse é o filme do Sonic e o porquê de seu grande sucesso: Seus produtores e diretores foram humildes em reconhecer suas falhas e retrabalhar seus conceitos, em ouvir os fãs e entender como e o porquê de seguir determinados caminhos e ideias. Um filme que começou com o pé esquerdo, mas que depois de um tropeço, ergueu-se e pisou fundo no acelerador, metendo o pé direito em alta velocidade, fazendo loopings e mais loopings e cruzando o final da fase acertando em cheio o coração dos fãs de todas as idades desse cativante ouriço azul!
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